Por Bernadette Vilhena
Todo
cidadão tem direitos e deveres que precisam ser cumpridos. Infelizmente quando
falamos de cidadania e
comprometimento com o coletivo muitos aspectos tem sido negligenciados. É o
caso das imprudências ocorridas no trânsito e muitas delas cometidas por
pedestres.
A formação do cidadão consciente de seus
direitos e deveres inicia-se na família através de ensinamentos coerentes por
parte dos adultos, posteriormente na escola e prossegue pela vida toda. Isso
vale também para a educação no trânsito.
Basta uma observação mais atenta que somos capazes de presenciar abusos por parte de motoristas e de pedestres, comprometendo a segurança de ambos.
Basta uma observação mais atenta que somos capazes de presenciar abusos por parte de motoristas e de pedestres, comprometendo a segurança de ambos.
O
objetivo desse post é provocar uma reflexão acerca da conduta de alguns pedestres e como ela pode ser prejudicial para todos. Vamos começar com alguns exemplos:
Simples
comportamentos dos pedestres apontam a falta de comprometimento com o
coletivo. Eu costumo chamá-los de
pedestres “donos da calçada”. Quem
nunca presenciou duas ou mais pessoas paradas conversando animadamente na calçada,
bloqueando a passagem e obrigando outros pedestres a se arriscarem ao descer na
rua para continuarem seu trajeto? Outro dia ao virar uma esquina quase pisei em
alguns adolescentes que estavam sentados na calçada sem a menor culpa de
estarem atrapalhando quem por ali passava. São atitudes aparentemente tolas que
acabam comprometendo o bem estar comum, sendo quase certo que os pedestres
“donos da calçada” de hoje serão os condutores “dono da via” de amanhã.
Ouvimos
muito sobre comportamentos errados de motoristas, mas precisamos também
provocar uma reflexão sobre nossa conduta como pedestres. Muitas atitudes
arriscadas são tomadas diariamente, como o não respeitar a sinalização e
atravessar fora da faixa de pedestres. Quando caminhamos nas vias públicas
devemos também ser responsáveis por nossa segurança. Precisamos estar atentos a
sinalização e respeitar placas para evitar acidentes. O blogdotransito.com.br fala
sobre algumas regras destinadas aos pedestres:
•Dar-se conta que nem sempre está sendo visto pelo condutor;
•Estar mais atento, ser menos apressado, e parar de atravessar a rua entre os carros;
•Usar a faixa de pedestres onde existir e parar de oferecer perigo para si e para os outros usuários;
•Usar a regra de ver e ser visto que significa prestar atenção se o condutor o enxergou e estar realmente atento a movimentação de todos os tipos de veículos;
•Onde não houver faixa, olhar cuidadosamente para os dois lados e atravessar em linha reta.
•Estar mais atento, ser menos apressado, e parar de atravessar a rua entre os carros;
•Usar a faixa de pedestres onde existir e parar de oferecer perigo para si e para os outros usuários;
•Usar a regra de ver e ser visto que significa prestar atenção se o condutor o enxergou e estar realmente atento a movimentação de todos os tipos de veículos;
•Onde não houver faixa, olhar cuidadosamente para os dois lados e atravessar em linha reta.
Ainda
sobre atitudes corretas, em vias sem calçada prefira andar mais a esquerda e no
sentido oposto da direção dos carros para poder ser visto. As crianças até aos 10 anos precisam atravessar a rua de
mãos dadas com o adulto, pois ainda não são capazes de fazer julgamentos fiéis
de distância e velocidade dos veículos. Ao sair de um veículo opte pelo lado da
calçada, especialmente se estiver acompanhado de crianças e jamais atravesse a
rua por trás de carros ou obstáculos que comprometam que os condutores o
enxerguem.
Uma
das soluções é a educação para o
trânsito já na infância e felizmente o Governo Federal publicou a Portaria 147
de 02 de junho de 2009, onde aprova as Diretrizes Nacionais da Educação para o
Trânsito na Pré-Escola e no Ensino Fundamental. Com isso a escola
assume também a responsabilidade de desenvolver temas voltados para o trânsito
desde a pré-escola até o ensino fundamental.
Segundo o DENATRAN
é a oportunidade de desenvolver
atividades que tragam à luz a importância da adoção de posturas e atitudes
voltadas ao bem comum, que favoreçam a análise e a reflexão de comportamentos
seguros no trânsito promovendo o respeito e a valorização da vida.
Os
pais são o modelo para os filhos,
eles aprendem através da observação e dos ensinamentos que lhe são transmitidos
diariamente. Aproveite os momentos em que estão caminhando para falar sobre as
placas de sinalização, os cuidados que devem ser tomados, sobre o trajeto mais
seguro e a opção pelo menor número de travessias.
Quanto
a nós adultos, sempre é bom parar e pensar em como estamos nos comportando
enquanto pedestres e o que podemos fazer para contribuir para a educação de
trânsito e de nossa sociedade. Sempre é
bom analisar se quando nós caminhamos pela rua desenvolvemos uma atitude preventiva.
Lembre-se
que atitudes aparentemente simples são responsáveis pela construção de dias mais tranquilos e seguros!
Bernadette Vilhena
Pedagoga empresarial, consultora em diversas instâncias da prática educativa nas empresas e autora do livro "Dinheirama" (Blogbooks). Especialista em Gestão de Pessoas e estudos nas áreas de Ergologia, Gestão do Conhecimento e Educação no trabalho.