Por Bernadette Vilhena
O que a
Alegoria da Caverna escrita por Platão no século VIII a.C. tem haver com as
empresas atuais? Muita similaridade pode ser encontrada, é só pensar e
estabelecer um paralelo. Para quê? Para fazer do cotidiano empresarial algo
melhor, é claro!
A ALEGORIA DA CAVERNA
... “Alguns
homens estavam aprisionados em uma caverna desde o seu nascimento, presos por
meio de uma corrente que os impossibilitava de se movimentarem. Havia dentro da
caverna um fogo que os mantinham aquecidos e possibilitava que algumas sombras
fossem projetadas no muro que se encontrava à frente deles. Em um determinado
momento, um dos prisioneiros consegue se soltar e, atraído pela luz que vinha
da abertura da caverna, investe em sua caminhada. Ao se deparar com o que se
encontrava lá fora, verifica que as sombras que observava nos muros eram
dotadas de significado real, tinham vida, e ia muito além do que ele imaginava
ser real. Deslumbrado com as novas descobertas, retorna á caverna no intuito de
contar aos companheiros as descobertas feitas e convencê-los a segui-lo, o que
ocorreu com apenas alguns.”
Interpretação e analogia com as
empresas:
I. Homens da caverna: medo de mudanças, do
desenvolvimento, do crescimento, do novo, do desconhecido. Sujeito passivo,
acrítico, submisso. Detinham determinado conhecimento do mundo (sombras) que
lhes eram suficientes. Observa-se hoje pessoas estagnadas, acomodadas em seu
posto de trabalho, sem vontade de crescer profissionalmente, abrir novas
possibilidades de trabalho.
II. Realidade: conhecimento que eles detinham.
Sem interferência, sem inovação. Uma realidade sem consistência, irreal,
superficial, ilusória – medo e insegurança. Observam-se profissionais que
executam suas tarefas sem ter noção do todo que envolve sua produção.
Alienação.
III. Libertação do prisioneiro: curiosidade, sede pelo
desconhecido, sair das trevas. Desejo de crescimento em todos os aspectos –
pessoal, social, cultural e intelectual. Abertura para todo conhecimento
existente e passível de compreensão. Busca pessoal de autoconhecimento e
auto desenvolvimento, desejando ser atuante em sua vida e na empresa.
IV. Luz: representa a força que aguçou a
curiosidade inicial do prisioneiro. Força que proporcionou sua liberdade da
escuridão. É a luz que o conhecimento proporciona; a força que impulsiona o
homem a querer aprender, crescer e se desenvolver.
V. O retorno do prisioneiro à caverna:
de posse de toda amplitude da realidade que conheceu, precisava divulgá-la
a seus companheiros de caverna e compartilhar com eles sua grande descoberta.É
dever de todo indivíduo disseminar o conhecimento aos que permanecem na
escuridão.