setembro 30, 2010

Você sabe o que é usabilidade?

Você deixaria de usar ou jogaria fora um produto super fácil de manusear, que você usa de forma intuitiva sem mesmo precisar olhar o que está fazendo, que se encaixa na sua mão como uma luva?

Pois é, você pode ter certeza que qualquer produto que você tenha em casa, desde uma caneta no escritório, passando pela panela na cozinha e chegando ao balde na lavanderia, deve apresentar algumas características que fornecem uma boa usabilidade, ou seja, são fáceis de usar.

Existem alguns princípios que quando incorporados ao produto promovem, sem sombra de dúvida, seu sucesso e vida longa no mercado. Eu falei de caneta, panela e balde, mas na realidade tudo o que vemos em nossa casa e fora dela, foi pensado um dia por alguém para atender a uma necessidade, da mais ridícula até a mais sublime.
Voltando aos princípios, o primeiro princípio que um produto deve ter é o da evidência, ou seja, a função e o modo de operação do mesmo são evidentes. Você não precisa de um manual para saber que é daquela forma que ele funciona. Por exemplo, se você olhar a a cafeteira acima, você tem dúvida de como a xícara se encaixa? Entendeu? O produto fala para você como ele funciona.

O segundo princípio é o da consistência, onde operações semelhantes de um produto devem ser feitas de forma semelhante a de outro produto conhecido. Entendeu? Não? Um exemplo vai bem: como você abre a porta de um carro? Como você abre a porta de casa? Como você abre a porta da geladeira? Então se você tiver em suas mãos um produto que tenha uma porta, você tentará abrir da mesma forma que as outras portas.
O terceiro princípio é o da capacidade que está relacionado ao respeito pela capacidade do ser humano. Por exemplo, para dirigir usamos os pés nos pedais e as mãos no volante. Imagine que para dirigir tivéssemos dois volantes, um para virar para a direita e outro para esquerda e, além disso, tivéssemos que fazer as mudanças de marcha com a mão direita e acelerar com a mão esquerda. Complicado, hein! Tantos comandos estariam desrespeitando a capacidade do ser humano, além de colocar em risco a segurança.

O quarto princípio é o da compatibilidade. Vou explicar com mais um exemplo este princípio. Se você for usar uma torneira tradicional, como você irá abri-la? Girando? Por quê? Porque este movimento é compatível com o movimento rotacional de outras torneiras, então, atende a nossa expectativa de realizar um movimento rotacional para abrir ou fechar uma torneira. Quando vi pela primeira vez aquela torneira de apertar, sabe como tentei abri-la? Girando, claro. Aquela torneira não era compatível com as torneiras que eu conhecia, ela não correspondia a minha expectativa. Tá claro?

Vamos lá, só mais um pouco e completaremos os seis princípios.

O quinto princípio diz respeito à prevenção e correção de erros. É aquilo que vai te impedir de realizar um procedimento de forma errada. Isto fica claro ao pensarmos no carro, onde a ignição está vinculada à colocação do cinto de segurança.

E finalmente, o sexto princípio: o da realimentação. Sabe quando a gente telefona para alguém e ouve um sinal de ocupado?! Isto é a realimentação, nada mais que uma resposta, o sinal de ocupado, a uma ação executada, no caso a chamada telefônica.

Como disse antes, os produtos que possuem estes princípios incorporados são mais fáceis de usar e são mais seguros. Isto pode fazer uma grande difierença para o usuário e para o fabricante. Enquanto o primeiro tem seu uso facilitado, o segundo tem algumas garantias de atender às necessidades do cliente e ter sucesso nas vendas.

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