outubro 21, 2010

E se a gente experimentasse aquilo que queremos para o outro?



Ter empatia é se colocar no lugar do outro, é procurar sentir o que o outro sente. Mas, para que se colocar no lugar do outro? Às vezes as pessoas fazem isto para demonstrar interesse pelo que o outro diz, pensa e vive. Às vezes para ganhar sua simpatia, sua atenção e, aproveitando o momento, por que não seu voto?
No post Acessibilidade eu propus que o leitor se imaginasse indo de cadeira de rodas ao banco. Quando propus isto queria exatamente exercitar esta capacidade de estar no lugar do outro, mas desta vez, mais que empaticamente e sim fisicamente. O exercício não é tão simples porque não estamos de fato no lugar do outro. O vídeo acima mostra exatamente isto.
O ponto de vista de um cadeirante é diferente de um andante. Chegar em um banheiro e olhar no espelho parece simples, mas e se o espelho não estiver na altura adequada? Você poderá ver apenas o topo da sua cabeça, por exemplo.

Por isso é importante que se tenha a experiência do uso de um produto ou de um espaço a ser projetado. Isto é importante não apenas para o usuário mas também para o projetista que terá sucesso em seu projeto apenas se ele for bem aceito. Não basta apenas a pesquisa com outros usuários, mas a vivência pelo projetista de seu trabalho. Experenciar algo nos faz ter outras informações que não conseguiríamos obter através de uma pesquisa de opinião.

Então, você conhece o produto que fabrica? Você conhece o produto que vende? Você moraria na casa que você construiu?

Lembre-se desta responsabilidade ao se propor a fazer algo. Em alguns casos teremos poucos usuários em outros teremos milhões.

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